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"Amadeo de Souza-Cardoso é a primeira Descoberta de Portugal na Europa do Século XX. O limite da Descoberta é infinito porque o sentido da Descoberta muda de substância e cresce em interesse - por isso que a Descoberta do Caminho Marítimo prà Índia é menos importante que a Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso..."
Assim disse Almada-Negreiros em 1916 sobre a exposição de Amadeo na Liga Naval de Lisboa.
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Pinturas de Amadeo de Souza-Cardoso
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13 comentários:
Esta frase de per si seria suficiente para me fazer ir ver essa exposição, não fosse eu já ter decidido ir!:) Beijos amiga lupina
Já me perdi nesses traços, nessas cores.
Ainda devo lá estar.
Ainda bem...
o eleito dos deuses....
por isso tão cedo o levaram....
anda agora a pintar as nuvens e a rir-se quem dele desdenhou...
bom dia. tu.
b.
Esses são a "Procissão" e a "Cozinha"...só te falta o "Médico" para teres os três que estão á venda na Gulbenkian a propósito da exposição.
Não gosto especialmente, mas é na diversidade que reside a riqueza.
Bom dia para ti amiga e uma beijoca
e disse o homem muito bem.
ainda hoje os olho frescos... fresquinhos. depois dele... os desenhos de pascoais e o alvaro lapa.
olho-os com paixao. sempre
B, fica mal, um almada?
RONDEL DO ALENTEJO
Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.
Meia noite
do Segredo
no penedo
duma noite
de luar.
Olhos caros
de Morgada
enfeitada
com preparos de luar.
Rompem fogo
pandeiretas
morenitas,
bailam tetas
e bonitas,
bailam chitas
e jaquetas,
são as fitas
desafogo
do luar.
Voa o xaile
andorinha
pelo baile,
e a vida
doentinha
e a ermida
ao luar.
Laçarote
escarlate
de cocote
alegria
de Maria
la-ri-rate
em folia
ao luar.
Giram pés
giram passos
girassóis
e os bonés,
e os braços
destes dois giram laços
ao luar.
O colete
desta Virgem
endoidece
como o S
do foguete
em vertigem
de luar.
Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.
(escrito em 1913
publicado in Contemporânea, 1922)
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... e um Teixeira de Pascoaes, fica mal ?... É outro amarantino...
Escolhi este, para a casinha (cozinha).
Num pálido desmaio a luz do dia afrouxa
E põe, na face triste, um véu de seda roxa...
Nuvens, a escorrer sangue, esvoaçam, no poente.
E num ermo, que o outono adora eternamente,
Vê-se velhinha casa, em ruínas de tristeza,
Onde o espectro do vento, às horas mortas, reza
E o luar se condensa em vultos de segredo...
Almas da solidão, sombras que fazem medo,
Vidas que o sol antigo, um outro sol, doirou,
Fumo ainda a subir dum lar que se apagou.
Teixeira de Pascoaes
Vida Etérea (1906)
e falou muito bem!
beijos e bom ano
pois. não me lembro..........:)))))))))))
Inté....
vrummmmmmmmmmmm
Gosto.
É um dos nossos ícones da pintura.
Ri-me ao lembrar que o Sócrates ordenou a visita à exposição...
mas sim ...há que ver,
rever.
(excelente exposição)
Fui ver ontem...horas de espera...Sublime.
bjinhos
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