domingo, fevereiro 18, 2007





Que triângulo ou círculo poderá cercar-te
Para que te detenhas demorada e minha
Para que não desças toda pela escada

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Sophia de Mello Breyner Andresen, Morte
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Fotos Plingrafias - aqui
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25 comentários:

Bárbara disse...

isto são lá horas para alguém ir a algum lugar?!
Beijo de boa noite

Anónimo disse...

belíssimo.....e muito bem acompanhada...pelo Raul....










boa noite....






beijo.

Y.

merdinhas disse...

...já desceu toda a escada...


as plingrafias vejo-as com calma, depois.

Letras de Babel disse...

Não se vêem os triângulos ou círculos que cercam a morte; ela é negra...

as velas ardem ate ao fim disse...

Prefiro o circulo.Não tem vertices...

Bjo da Vela

martim de gouveia e sousa disse...

a inércia pregnante... bjo.

Anónimo disse...

beijinho de monday morning. com gotículas prateadas de chuva. e lágrimas por sophia... adoro as plingrafias ;)*

Bárbara disse...

Bom dia! :-)))
diga bom dia com Mokambo, Mokambo, Mokambo (ou sumo de laranja, claro)

Bom dia
bom dia
bandeia
beijo

Bárbara disse...

No alto da duna o Búzio estava com a tarde. O sol pousava nas suas mãos, o sol pousava na sua cara e nos seus ombros. Ficou algum tempo calado, depois devagar começou a falar. Eu entendi que falava com o mar, pois o olhava de frente e estendia para ele as suas mãos abertas, com as palmas em concha viradas para cima. Era um longo discurso claro, irracional e nebuloso que parecia, com a luz, recortar e desenhar todas as coisas. Não posso repetir as suas palavras: não as decorei e isto passou-se há muitos anos. E também não entendi inteiramente o que ele dizia. E algumas palavras mesmo não as ouvi, porque o vento rápido lhas arrancava da boca. Mas lembro-me de que eram palavras moduladas como um canto, palavras quase visíveis que ocupavam os espaços do ar com a sua forma, a sua densidade e o seu peso. Palavras que chamavam pelas coisas, que eram o nome das coisas. Palavras brilhantes como as escamas de um peixe, palavras grandes e desertas como praias. E as suas palavras reuniam os restos dispersos da alegria da terra. Ele os invocava, os mostrava, os nomeava: vento, frescura das águas, oiro do sol, silêncio e brilho das estrelas.

Sophia de Mello Breyner Andresen, “Homero”, in Contos Exemplares

(prefiro estas palavras de Sophia... NÃO é uma crítica. É só dizer-te do meu medo da tristeza)

Bárbara disse...

ainda cá volto -depois desamparo a loja :-)

É que me esqueci do essencial (talvez porque «o essencial é invisível para os olhos»).
Mais uma vez, texto e ilustração conjugados magistralmente, claro. Isso também é arte. Lá dizia Almada Negreiros: «Nós não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.» O século já é outro, mas, continuo a assinar por baixo.
E tu fazes a quotidiana reinvenção das palavras e das imagens. E dos gesto.Nomeadamente na forma como conjugas as palavras e as imagens e os gestos que já foram inventados.
E agora é que
v
o
u
.
.
.

Pedro Branco disse...

Preso em ti, sem ti...
Ou livre contigo, em ti...

A ilusão ou a escolha.

O medo,
A morte,
Ou a eternidade.

Bastas-me no teu dançar livre.

Beijo.

Anónimo disse...

brilhante Asti.




quem sabe sabe...quem não sabe....lÊ.



e nunca embirra.....:)))))


beijo.



Y.

isabel mendes ferreira disse...

pois.....da inércia....ou da cegueira...a minha.


palavras da Sofia M.B. A....????!!!!!!!!


está bem.

assim sendo não comento.
desculpa-me Bandida...masnão é a minha Poeta...sou mais Judith T. e etc...e mais não digo...não quero que embirrem comigo...:)))))))))).


Beijos.

Lis disse...

Mas que bonito! Tudo!

SMA disse...

É preferível o circulo, é a propria representação de relação...
Os triangulos são demasiados perfeitos para serem vividos na dimensão humana...

Bjo

Unknown disse...

SOLO UN CÍRCULO ..DE AMOR
NO TIENE ARISTA .

AMIGA

TE ABRAZO Y DESEO UNA BUENA SEMANA

BESOS

ADAL

Unknown disse...

SOLO UN CÍRCULO ..DE AMOR
NO TIENE ARISTA .

AMIGA

TE ABRAZO Y DESEO UNA BUENA SEMANA

BESOS

ADAL

Anónimo disse...

TU
Vocês Tu


não me aborreças!!!!!!!!!!!!!!



_____________que coisa.



escrever assim q.q. o faz....


é só sentir...

ih ih ih.




Y.

(não me apeteceu voltar a inscrever-me....tu sabes como sou preguiçosa...)

Anónimo disse...

paraíso.............



onde?


só se for no e com Chopin....
de resto..não dei por nada.


:)))))))))))))))))





Y.

Abssinto disse...

Nem triangulo nem círculo, um abraço e um selo de beijos.

*

Aestranha disse...

Uma pergunta pertinente acompanhada de umas pelingrafias bem jeitosas! Já com saudades de te ler...

Beijo

raul alves disse...

Abrigada pelos comentários, e o link...

beijos

Aldina Duarte disse...

O mistério do Triângulo pertence à antiguidade do mistério inicial o Círculo onde nascemos, vivemos e morremos!

Até sempre

Anónimo disse...

Bandida
Então a Sophia não era católica?
Diga-me lá?
Bjs

Ida disse...

Lindo trecho pinçado dela.
Olha, adorei encontrar-te, olhos de wolf, ar encantador. À plus!