segunda-feira, março 31, 2008













amputada. de palavra disfarçada. amputada. cinzelada não se sabe onde. plissada. esfarrapada. especada. ensimesmada.


am puta da. hã??

ai, que puta de dor.

dador de sangue. da dor. am puta dor.
não se sabe porquê.
ninguém vê a paragem do autocarro, ali ao pé do marquês, onde havia uma
palavra recortada. amputada.


já te vi dentro de mim.
esquadrinhada. enregelada. fada.

isto é um manifesto tresloucado. despenteado. amputado.

que puta de dor.


atada.






segunda-feira, março 24, 2008




é capaz de ser dia o silêncio que encanta o canto de uma serenidade imprópria. exaustivamente quente. não sei se o que digo é absolutamente suspeito ou se a íntegra qualidade das águas, separadas pelas canas, são sapos, reflexos de riachos incandescentes, ali onde se planta a árvore e se colhe a batata.
há um clima interrogatório de infortúnio. há um clima de calma. um qualquer som em vez de corda. somos de uma absoluta inutilidade. acrescentamos mais inutilidade quando pensamos que pensar é já por si tão inútil como escrever em mouleskins, como se a página em branco nos desenhasse o caminho. somos da capaz impotência de dizer que sim ou não só porque sim. quando nem nas tabernas onde se inventam segredos, o silêncio se mascara de vício. sabemos do vício? saberemos dos tempestuosos martírios que amargam a boca? amargam na boca uma qualquer tempestade de incrédulos portentos de sede? definitivamente não sabemos nada do que se rasga em casa. nas janelas somos uma espécie de formiga inquieta a levantar sons na poeira dos desencantos.
desencantaste-me. desencontraste-me. desligaste-me a corda na orla do silêncio.
esperava-te em contemplação de martírio reduzido a vício quando as marés partiam a meio das noites. esperava-te quando os pássaros deixavam os ninhos afastados e fosse de silêncio a coragem de abrir rachas fundas nos lábios. em vez de língua uma silhueta de pestanas embranquecidas de espera. um acaso moribundo. faltou-nos um segundo. o segundo num tempo em que as marés vivas transformam as ondas em sacrifícios de morte. os cordeiros do sonho desmanchados, abertos, desventrados como se fossem bestas à procura de caminhos encantados. e de mãos, dedos, segredos em forma de portas, em jeito de música.
como se a tua forma fosse água, mágoa. instantes de formas indiscretas e pesadelos verdes.
serão azuis os teus olhos?













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sexta-feira, março 21, 2008


















terça-feira, março 18, 2008

terça-feira, março 11, 2008

sexta-feira, março 07, 2008





sentem-se. recostem-se. anda por aqui muita beleza.





caramel (link)

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