quinta-feira, dezembro 18, 2008








ela disse que sim, que tinha lido kafka e que percebia o que a cadeira tinha sussurrado. juras? juro, disse ela, passando a mão pela manga do casaco de perfume. és capaz de admitir que o silêncio volta à terra? disso não tenho a certeza, disse ela, mas constou-me que sim.

agora põe-te a andar. não gosto que me vejam nua.











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24 comentários:

Anónimo disse...

...meus deuses... como é bom ler-te!

pn disse...

K., hoje lê-se nos infantários (obrigatoriamente), entre mudanças de cueiros (cueiros?! ainda se diz??) (convenhamos que cueiro tem mais a ver co'a função que fralda, pfuuu, fralda...!)

Põe-te à andar.
Evitas a perna dormente (nua, claro!)

Descansa. O silêncio disse que vinha...

intruso disse...

estóriaprosapoéticacurtametragempoema.


gosto (muito)


[deste teu registo........]




beijosssss
:)

Ana Paula Sena disse...

Mas que giro tudo isto! Imagem e texto espectaculares!

Bj amigo :)

rigi disse...

lindo mas ... frio como

o é Kafka

nesta altura
de Natal
que se espera doce e terna ...

Graça Pires disse...

Belíssimo! Também não sei se o silêncio volta à terra... mas quero desejar-lhe um BOM NATAL.
Um beijo.

jorge vicente disse...

estamos sempre nus.

e o silêncio volta sempre à terra, quando escrevemos.

mas um silêncio com sons. como dizem por aí.

um beijinho de bom natal
jorge

observatory disse...

fica bem aqui :)

pois...

vou ficar nu este natal

depois mando foto :)(nao publicavel).

BEIJO

C.

tchi disse...

Ponho-me já a andar Bandida, mas antes tenho que perguntar-te: Milésima ou Centésima?

Branco Natal com laços vermelhos neste abraço sem longe.

Mar Arável disse...

Mesmo quando nus

sempre vestidos

à flor da pele

Que merda

[A] disse...

ok, estou a ir...

Haddock disse...

uma cadeira que sussurra?? mau!! agora também elas murmuram sobre os nossos "assentos"?? já agora só faltava como música "ambiente" aquela cantiga da banda do casaco, cujo refrão só a pudicícia nos impede de entoar...

falando disso - do pudor - seja-nos consentido o presbítero aval para repreendermos "ela", kafkiana anti-cristã-católica de meia tijela - que exala disparates e perfume barato -
pela tamanha tolice exibida a nu!!
uma perguntinha mais complicadota (também esquisitóide...) e esvai-se toda a pseudo-intelectualidade...

mas o que nos lixa mesmo
é que essa imbecil
será tida como mais uma pobre de espírito, inexplicavelmente bem aventurada, e com entrada livre no reino de deus!!

Anónimo disse...

não te dispas
Bom Natal

isabel mendes ferreira disse...

texto em rapsódia de palavras litigantes.


diz-se juras e afinal kafka morava debaixo da palavra íntima.

que sendo corpo é grito.


em ti andam sombras....despidas e vivas.

deixo à porta o perfume da tua invulgaridade.

Manuel Veiga disse...

nua? vestida com o diáfano véu do silêncio. absurdo...

beijos

Isabel Victor disse...

Gostei ...

(Natal rasante. Natal fugitivo que outros Natais te chamavam Enfim ...)


Bom Natal, B


iv

José Pires F. disse...

Minha grande Bandida, não te conhecia este registo e, espantado fiquei quando não devia, porque de ti tudo se espera.

Excelente!!!!!!!!

Aproveito para te desejar um bom Natal e um excelente Novo Ano.

Enorme abraço.

maria josé quintela disse...

e kafka liga lindamente com o natal.



do silêncio também não sei. logo te digo. agora estou vestida.



um abraço.

Anónimo disse...

Boas festas... e excelentes carícias!

paulotpires disse...

mmmm, adorei... muito nonsense...
sempre fantástica
beijos
PTP

Menina Marota disse...

A nudez vestidas de palavras, quais metáforas que se interligam nos sentimentos das origens.

Deixo-te um abraço carinhoso e um Feliz Natal para todos ;)

as velas ardem ate ao fim disse...

Belo!

um bjo B

O'Sanji disse...

perdoa-me...
hoje, ficam os meus votos de festas felizes!
beijo

Anónimo disse...

Era uma coisa dessas que eu devia fumar...