segunda-feira, junho 21, 2010





senti-me muito comovida. a minha espécie de alma errante arrancou as sobrancelhas da rua e achou que seria sempre assim de cada vez que me errasse a alma por qualquer coisa merecida. isto é a noite, disse a alma. afinal eu não andava assim tão protegida. fazem-me falta as sobrancelhas. e logo as sobrancelhas chamaram puta à alma. não era nada disso. eu só queria um espírito novo mas sem a vertigem da comoção.

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8 comentários:

vasco gamito disse...

então e quando se arrancam outras pilosidades, daquelas encravadas entre a hipófise e o sábado à tarde? felizmente agora há um produto que se espalha debaixo do pâncreas e a alma fica a brilhar como nova (mesmo que lhe chamemos puta) ;)

rosa disse...

sem a vertigem da comoção, também eu rapo as minhas.

:)

hfm disse...

...mas com a vertigem das palavras.

Manuel Veiga disse...

gosto. de almas errantes.

(se possível com sobrancelhas...)

beijo

Haddock disse...

francamente!!
que tal uma solução menos dramática, como penteá-las ou apará-las??
ou então um gps para as alminhas perdidas??

e quem ambiciona um pobre espírito?? até a entrada no céu deve causar alguma vertigem...



mas elas nascem. elas nascem. e farfalhudas, não tarda.

Anónimo disse...

quer então dizer que a alma tem um nome? obrigada, bandida... eu não sabia... um grande beijinho.

Mar Arável disse...

Com ou sem sobrancelhas

há lágrimas que se precipitam

e nada mais acontece

Bj

o homem que cheira mal dos olhos disse...

...como um entardecer lento e viciante!