Aiiiii, tanta laranja mecânica à solta!!! «já gastámos as palavras [pelos blogs]»; de tanto lermos, já nem distinguimos poesia de porcaria – ou será que isso esquece muito a quem nunca aprendeu? O problema não está na coisa, está na vontade e na capacidade de ler o outro e a outra ou de se ficar pelo simples jogo narcísico se de ver e se fazer visto. Mas isto digo eu, que sou má língua, não liguem. Se se compram livros a metro e com lombada a condizer com os sofás, se se compra comida pré-cozinhada e roupa pret-à-porter, porque não usar comentários descartáveis, modelo standard? O importante é deixar a … marca, como animais que somos; marcar território. Pimba! E quem cair por não tirar os olhos do umbigo, não tem mais a fazer que levantar-se e aprender a lição ou deixar-se ficar por lá – a ver se aprende que o mundo pode ser olhado de muitos ângulos. E a propósito de olhares e de … marcas, lembrei-me, imaginem, da
Impressão Digital
Os meus olhos são uns olhos, e é com esses olhos uns que eu vejo no mundo escolhos, onde outros, com outros olhos, nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores! De tudo o mesmo se diz! Onde uns vêem luto e dores, uns outros descobrem cores do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas onde passa tanta gente, uns vêem pedras pisadas, mas outros gnomos e fadas num halo resplandecente!!
Inutil seguir vizinhos, querer ser depois ou ser antes. Cada um é seus caminhos! Onde Sancho vê moinhos, D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos! Vê gigantes? São gigantes!
OK, OK. OK. Mas então e quando vêem por todo o lado o mesmo calhau? E quando deixam em todos os cantos o mesmo… calhau??? Fazer o quê? Dar-lhes trela? Não contem comigo, que nem com o meu cão a uso – ele sabe escolher os seus caminhos. Sabe onde deve ir e onde não é chamado.
Um dia, ouvimos o poeta: «Sê paciente; espera. que a palavra amadureça/ e se desprenda, como um fruto/ ao passar o vento que a mereça». E na incapacidade de ser árvore e de dar fruto, quisemos ser vento. Mas nem fresca aragem conseguimos ser… Olhares daqui, olhares dali…. Tantos olhares. Tantos umbigos. Tanta surdez. Tanta incapacidade de dizer, calando… «A maior solidão é perceber que estamos rodeados de idiotas», citei, apenas…
a ouvir Beethoven... Oh bliss! Bliss and heaven! Oh, it was gorgeousness and gorgeousity made flesh. It was like a bird of rarest-spun heaven metal or like silvery wine flowing in a spaceship, gravity all nonsense now. As I slooshied, I knew such lovely pictures!
Ai lupina tu estás sempre a falar de filmes que eu não vi! Assumo a minha mais que evidente medíocridade cinéfila. Mas, li o livro, grande Burguess! Um dos grandes romances que as minhas meninas já devoraram! A extravagante personagem principal era doida por Beethoven:)
24 comentários:
falas da utilidade...
a utilidade de ser.
Impossível não amar Kubrik!
eu diria da inutilidade de não ser . não deixar ser.
ter medo de ser.
não saber ser.
não querer que se seja.
post não mecânico.
de laranja acesa.
em arco.
~
ao alto.
beijo de I.
________________.
É necessário chegar aos outros... só assim o que se faz "serve" para alguma coisa. **
Uma vez li a Laranja Mecânica por amor a Kubrik.
Gosto tanto de vir aqui...enche me sempre o coração.
Obrigada por tudo.
(divino)
mãos...
chaves para tantas portas.
um beijo
De nada serve tudo o que serve para nada sermos...
Eu também creio. Mas não é por isso que gosto de texto. É porque sim :)
Boa noite!
Revi-o há uns meses, assim como 2001 Odisseia no Espaço
Aiiiii, tanta laranja mecânica à solta!!!
«já gastámos as palavras [pelos blogs]»; de tanto lermos, já nem distinguimos poesia de porcaria – ou será que isso esquece muito a quem nunca aprendeu?
O problema não está na coisa, está na vontade e na capacidade de ler o outro e a outra ou de se ficar pelo simples jogo narcísico se de ver e se fazer visto.
Mas isto digo eu, que sou má língua, não liguem. Se se compram livros a metro e com lombada a condizer com os sofás, se se compra comida pré-cozinhada e roupa pret-à-porter, porque não usar comentários descartáveis, modelo standard?
O importante é deixar a … marca, como animais que somos; marcar território. Pimba!
E quem cair por não tirar os olhos do umbigo, não tem mais a fazer que levantar-se e aprender a lição ou deixar-se ficar por lá – a ver se aprende que o mundo pode ser olhado de muitos ângulos.
E a propósito de olhares e de … marcas, lembrei-me, imaginem, da
Impressão Digital
Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inutil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!
OK, OK. OK. Mas então e quando vêem por todo o lado o mesmo calhau? E quando deixam em todos os cantos o mesmo… calhau??? Fazer o quê? Dar-lhes trela? Não contem comigo, que nem com o meu cão a uso – ele sabe escolher os seus caminhos. Sabe onde deve ir e onde não é chamado.
Um dia, ouvimos o poeta: «Sê paciente; espera. que a palavra amadureça/ e se desprenda, como um fruto/ ao passar o vento que a mereça». E na incapacidade de ser árvore e de dar fruto, quisemos ser vento. Mas nem fresca aragem conseguimos ser…
Olhares daqui, olhares dali…. Tantos olhares. Tantos umbigos. Tanta surdez. Tanta incapacidade de dizer, calando…
«A maior solidão é perceber que estamos rodeados de idiotas», citei, apenas…
ai ai... boa noite...
laranja mecânica.
Também o revi há uns tempos....alex o...cyborg?
vê a aguarela do brasil...
nada tem que ver com a laranja.
amor comum
paixão.
(bandida,
bandida é a gripe que me ataca...)
:/
e sim.....
vavá-diamos........................!
(inscrição lá, não é?)
b
de
boa semana
atchim
;)
de nada, de nada serve se...
...
[artesã de sentidoS,
bravo!]
(ainda te roubo umas palavras, uns sentidos...
lá para o intrusismo)
és doida!!!!!!!!!!!!!varrida!!!!!!!!!!!!
tu não me aborreças!!!!!!!!!!
:)))))))))))))))))))))
bom dia!
Que vontade depos de te ler de rever o filme que já revi vezes sem conta,tambem por amor a Kubrik.
Pena que há tantas portas sem fechadura em casas sem tectos, sem paredes...abertas esperando... e ninguem entra.
Tantas mãos estendidas... esperando o aperto... e ninguem as aperta.
Tantos tentanto tocar, alcançar, partilhar... e ninguem se aproxima.
Tantos violinos aguardando o arco.
Tanta arte com lume, com chama, com tempestades, com lábios , com vida... tanta arte que ninguem vive esperando ser vivida.
Serve a minha mão para apertar a tua?
A tua mão apertou-me o coração...
Isabel
De nada serve uma porta se não houver quem por ela entre.
a ouvir Beethoven...
Oh bliss! Bliss and heaven! Oh, it was gorgeousness and gorgeousity made flesh. It was like a bird of rarest-spun heaven metal or like silvery wine flowing in a spaceship, gravity all nonsense now. As I slooshied, I knew such lovely pictures!
bjinhos e obrigda por tudo
Ai lupina tu estás sempre a falar de filmes que eu não vi! Assumo a minha mais que evidente medíocridade cinéfila. Mas, li o livro, grande Burguess! Um dos grandes romances que as minhas meninas já devoraram! A extravagante personagem principal era doida por Beethoven:)
beijo
Vim deixar um beijo ...na fechadura da inexistente porta...
de tudo me serve vir aqui ;)*
boa noite, bandida.
beijinho grande
alice
A Laranja Mecânica é assustadoramente sedutor
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