só sei que passei (obviamente) por cima do paulo portas e do amor que não é o amor que as pessoas gostam de fazer porque não o há...
...até chegar a uma das frases - daquelas soltas, ternamente vadias e sequiosas - que já li por aí:
no dia em que morri pintei um quadro. para ti.
e vem-me à ideia uma coisa de Mia Couto:
Vou-lhe explicar uma coisa - o que é triste é morrermos da morte de um outro. Quer dizer: cada qual tem a sua própria morte, única e exclusiva como a vida. Esse é o momento final que nos está destinado. Mas, às vezes, uma outra morte, por engano, cruza connosco. Assim é que é triste morrer.
Às vezes. quase sempre. sempre. a palavra diz muita coisa. ou diz tudo. ou não diz nada. conforme. depende. entenda-se, entende. a palavra é imensa mesmo quando se mostra lacónica, desordenada, imprecisa. mesmo quando estando presente parece ausente. diz sempre o que se quiser que ela diga e pode ser lida como pintura abstracta. porque nestas composições não precisamos de referentes, de informações prévias para entender o texto e o contexto. podemos recriá-lo ao sabor do momento. a palavra é livre e solta. tanto que pode mesmo virar costas à semântica e desaparecer em passos descalços para outros tempos, outros espaços quaisquer.
visto. lido. ouvido. entendido. não entendido. muito apreciado.
8 comentários:
vai praí um código que vou-te contar...
só sei que passei (obviamente) por cima do paulo portas e do amor que não é o amor que as pessoas gostam de fazer porque não o há...
...até chegar a uma das frases - daquelas soltas, ternamente vadias e sequiosas - que já li por aí:
no dia em que morri pintei um quadro. para ti.
e vem-me à ideia uma coisa de Mia Couto:
Vou-lhe explicar uma coisa - o que é triste é morrermos da morte de um outro. Quer dizer: cada qual tem a sua própria morte, única e exclusiva como a vida. Esse é o momento final que nos está destinado. Mas, às vezes, uma outra morte, por engano, cruza connosco.
Assim é que é triste morrer.
de maneiras que é assim...
beijos
Às vezes. quase sempre. sempre. a palavra diz muita coisa. ou diz tudo. ou não diz nada. conforme. depende. entenda-se, entende. a palavra é imensa mesmo quando se mostra lacónica, desordenada, imprecisa. mesmo quando estando presente parece ausente. diz sempre o que se quiser que ela diga e pode ser lida como pintura abstracta. porque nestas composições não precisamos de referentes, de informações prévias para entender o texto e o contexto. podemos recriá-lo ao sabor do momento. a palavra é livre e solta. tanto que pode mesmo virar costas à semântica e desaparecer em passos descalços para outros tempos, outros espaços quaisquer.
visto. lido. ouvido. entendido. não entendido. muito apreciado.
Beijos querida B.
Olá, Bandida!
Ravi Shankar a acompanhar sabor a morango e Paulo Portas, é demais :)))
Bom, o PP não sei, não :)
Verbalizemos, portanto.
Deixo-te o desejo de um bom fim de semana e um beijo.
Gostei do post: reflexão explosiva! Desejo-te boas férias! :):)
Aqui ficam também beijinhos para ti!
bandida: Um dia conseguirás olhar para esse quadro com olhos de ver. Beijo!
adorei a primeira fotografia deste post.
Beijinhos
e essa pintura fez de si imortal :)
bom dia, querida b. um beijinho.
"pulso da memória". só por si, um poema, um mundo. beijinho. J.
Enviar um comentário