sexta-feira, julho 27, 2007




sei a diferença. absolutamente aberta ao descanso que cansa ou não. dança. não saber nada acerca dos sabores e dos ecos.
se calhar é sabor. saber. sabor a morango. tenho as mãos em chamas. o paulo portas esteve ontem no vá-vá e o resto não é mais do que ilusão de óptica. chamas de conventos.
as pessoas gostam de fazer amor. mesmo que o não haja. não o digo.

o. não significa nada.
e não sei de todo se o tempo se compara a um advérbio ou se inquieto me descansa a cabeça nos dedos. pulso da memória.


a palavra disse o verbo ignorando o substantivo.


tenho. tens. tem. temos. tendes. têm.

medo.

da corrente alterna.


no dia em que morri pintei um quadro. para ti.



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8 comentários:

Letras de Babel disse...

vai praí um código que vou-te contar...

só sei que passei (obviamente) por cima do paulo portas e do amor que não é o amor que as pessoas gostam de fazer porque não o há...

...até chegar a uma das frases - daquelas soltas, ternamente vadias e sequiosas - que já li por aí:

no dia em que morri pintei um quadro. para ti.



e vem-me à ideia uma coisa de Mia Couto:

Vou-lhe explicar uma coisa - o que é triste é morrermos da morte de um outro. Quer dizer: cada qual tem a sua própria morte, única e exclusiva como a vida. Esse é o momento final que nos está destinado. Mas, às vezes, uma outra morte, por engano, cruza connosco.
Assim é que é triste morrer.



de maneiras que é assim...


beijos

C. disse...

Às vezes. quase sempre. sempre. a palavra diz muita coisa. ou diz tudo. ou não diz nada. conforme. depende. entenda-se, entende. a palavra é imensa mesmo quando se mostra lacónica, desordenada, imprecisa. mesmo quando estando presente parece ausente. diz sempre o que se quiser que ela diga e pode ser lida como pintura abstracta. porque nestas composições não precisamos de referentes, de informações prévias para entender o texto e o contexto. podemos recriá-lo ao sabor do momento. a palavra é livre e solta. tanto que pode mesmo virar costas à semântica e desaparecer em passos descalços para outros tempos, outros espaços quaisquer.

visto. lido. ouvido. entendido. não entendido. muito apreciado.

Beijos querida B.

Alien8 disse...

Olá, Bandida!

Ravi Shankar a acompanhar sabor a morango e Paulo Portas, é demais :)))

Bom, o PP não sei, não :)

Verbalizemos, portanto.

Deixo-te o desejo de um bom fim de semana e um beijo.

Ana Paula Sena disse...

Gostei do post: reflexão explosiva! Desejo-te boas férias! :):)
Aqui ficam também beijinhos para ti!

Anónimo disse...

bandida: Um dia conseguirás olhar para esse quadro com olhos de ver. Beijo!

fcorado disse...

adorei a primeira fotografia deste post.
Beijinhos

Anónimo disse...

e essa pintura fez de si imortal :)

bom dia, querida b. um beijinho.

r.e. disse...

"pulso da memória". só por si, um poema, um mundo. beijinho. J.