domingo, agosto 24, 2008



































era o tempo da palavra saída do estômago. o intervalo a trepar na folha o gosto do relâmpago.
enternecido o destino na humidade da luz. e nós. variante nossa a pasmar no branco do banco um estilhaço de sonho na camisola do vento.

esta é uma cidade qualquer onde o instante é um espelho de ânsia a misturar os olhos.












27 comentários:

observatory disse...

um tom waits antigo

o 1º?

preciso de um outono bonito

de um inverno quente

isabel mendes ferreira disse...

"esta é uma cidade qualquer onde o instante é um espelho de ânsia a misturar os olhos".....cegos.

de quem vê sem "ouvir".

de quem caminha sem andar. de quem quem fica sem ser.

a cidade sai à rua. nua.

e não se vê.

_________________beijos. os de sempre.
com uma virgula antiga.

hfm disse...

os olhos... sempre eles, acentuando ou destoando os reflexos mesmo que não sejam em espelhos.

Anónimo disse...

Por acaso não sou nada apreciador de cavalas. Só em conserva.

isabel mendes ferreira disse...

tá nada....

tá uma coisa. apenas.


beijos.


"bigada!....:)"
__________________


inspirada.

you 're...

blue disse...

gosto da última frase.

pn disse...

Senhora...

1)perfeito, um carapau, sobre um lençol verde enrugado... limosa pescaria.

2)mas,
um corpo dado ao linho
que bizarria!

3)
ainda assim --»
arrotar a tempestade no fel do pasmo e deixar partir o olhar no estilhaço do instante...

4)
...é polisansiado devaneio de um olho noutro olhar, em cheio.

5)
bom dia, Maria Bandida!

Graça Pires disse...

O olhar. O sonho. Uma cidade. O vento.
É verão ao sul de uma qualquer paixão.
Um beijo.

casa de passe disse...

e de quem ouve sem escutar!

(NiNi sem a LouLou, sem o João, sem a Alice e sem o avô do João)

as velas ardem ate ao fim disse...

Preciso de uns dias bonitos.

um bjo B

Ana Paula Sena disse...

Uma cidade qualquer e que é a nossa...
Onde misturamos olhares cheios de ternura e de amizade.

Bjs para uma Bandida muito sensível! :)

observatory disse...

observatory...

nao diria que é o que me sai da alma

é o que me sai dos bolsos

o que me resta a fim do dia

restos.

tu sempre gentil.

SMA disse...

Congelante tempo
do embalsamado
.
.
.
preto no branco fazes-te luz!

bjo

Anónimo disse...

Ó pra mim a aparecer aqui do nada...
:-)

(Ando mesmo desaparecida. Mas bem! Muito trabalho e "afazeres" domésticos roubam-me o tempo.)

Beijos, sua bandida!!!!
Espero que estejas bem.

maria josé quintela disse...

numa cidade qualquer só o olhar faz a diferença...

CNS disse...

E este instante que nos deste é mais do que um espelho liquido de olhos. Belíssimo.

A. disse...

...baby !








estou aqui...da cor desses teus lindíssimos olhos......[a andar de costas como se o mundo não fosse nosso e a tropeçar nos escombros do afecto]...mas aqui.


grande beijo, querida B.
*

Anónimo disse...

sim, eu sei, a palavra saiu do estômago, mas os carapaus sairam porquê? Coitados deles, parecem cansados.

pinky disse...

belas sardinhas e melhores palavras!
vês....até já leio a bandida, pas mal, de todo!
beijosssssssssssss

augusto, um entre mil disse...

impressionante! Gostei da sensibilidade inerente, tão inerente!

SMA disse...

Existe estações para tudo
.
.
.
estações que se é e se sente
.
.
Estações dentro das estações
Não sentiste essas estações? Às vezes meias estações...

bjo

Manuel Veiga disse...

..."estilhaço(s) de sonho na camisola do vento".

que teimam. como relâmpagos. finda a tempestade...

belo.

jorge vicente disse...

misturo os olhos.

e o planeta arde.

um beijo
jorge

Haddock disse...

tudo muito estranho...
intriga-nos esse velório da sardinha assada com direito a cama(ra) ardente...
nós por cá atacamo-la logo que poisa no prato. e sem rezas!! apenas a homenageamos com a presença de umas batatinhas cozidas e de pimentos assados... avé!

rigi disse...

senti a alma encharcada

merdinhas disse...

Regresso e ponho de novo o olhar em cada letra de escrita.

manhã disse...

há nestes textos uma espécie de fragmentação que me parece identificar uma aguda consciência do presente, de um presente não histórico, que emerge intacto a partir de um sentimento.