quarta-feira, agosto 20, 2008


O come t’inganni
se pensi che gl’anni
non hann’da finire,
bisogna morire.

E’un sogno la vita
che par si gradita,
è breve il gioire,
bisogna morire.
Non val medicina,
non giova la China,
non si può guarire,
bisogna morire.

Non vaglion sberate,
minarie, bravate
che caglia l’ardire,
bisogna morire.
Dottrina che giova,
parola non trova
che plachi l’ardire,
bisogna morire.

Non si trova modo
di scoglier ‘sto nodo,
non val il fuggire,
bisogna morire.
Commun’è il statuto,
non vale l’astuto
‘sto colpo schermire,
bisogna morire.


La Morte crudele
a tutti è infedele,
ogn’uno svergogna,
morire bisogna.
E’ pur ò pazzia
o gran frenesia,
par dirsi menzogna,
morire bisogna.

Si more cantando,
si more sonando
la Cetra, o Sampogna,
morire bisogna.
Si more danzando,
bevendo, mangiando;
con quella carogna
morire bisogna.



I Giovanni, i putti
e gl’Huomini tutti
s’hann’a incenerire,
bisogna morire.
I sani, gl’infermi,
i bravi, gl’inermi,
tutt’hann’a finire
bisogna morire.
E quando che meno
ti pensi, nel seno
ti vien a finire,
bisogna morire.
Se tu non vi pensi
hai persi li sensi,
sei morto e puoi dire :
bisogna morire.










29 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

o que me salva (acordei agora) é que tenho a certeza de que alguém dotado virá aqui "postar" a tradução....


é que querida B. não sei italiano que chegue...:(

___________________


o "rosto" é do olimpo....olímpico de belo. rugoso e denso.


__________________.


beijos. made in Lisbon.

Anónimo disse...

Concorso:

Si oferescide una stada in Palermo per cinque giorni a qui accertare el genero musicale de questa cancione!

Suposto respondere qui.

Gracie tanti,


L'arpegata

isabel mendes ferreira disse...

eu digo:

é fado. vadio.

:)

ih ih ih...

e saio....

já mesmo.

isabel mendes ferreira disse...

bom...Palermo ainda não conheço....sou mais de Florença Roma e Veneza....e já percebi que tb não é desta ...

não deve ser fado...será fandango?

ou um vira que vira?

ou

barroco?


ou...

ai ai ai.



arriverdeci....

bonjour

:)~



tenho uma ideia na apoplexia.

Anónimo disse...

Tradução obsequiosa:



Ó como te enganas
Se pensas que os anos
Não se esgotam
Morrer é preciso

E o sonho da vida
Que por si se degrada
Pois breve é a glória
E não vale a medicina
Também não vás à China
Não há cura, nem lá
Morrer é preciso

Não há escapatória
Ou minorias bravas
Que evitem o ardil
Morrer é preciso

Doutrina esforçada
Palavra não encontra
Que escape à armadilha
Morrer é preciso

Não se encontra o modo
De eliminar este nódulo
E ele não vai fugir
Morrer é preciso

É comum ao estatuto
E não vale ao astuto
Esfoliar o rosto
Morrer é preciso

A morte cruel
É estúpida e infiel
Desavergonhada
Morrer é preciso

E nada mais a dizer
O funeral é um frenesim
Mas
Morrer é preciso

Morre-se cantando
Morre-se sonhando
La Cetra, o Sampogna
Morrer é preciso

É preciso morrer
Morrer descansando
Bebendo
Comendo
Com aquela coisa
Morrer é preciso

E Giovanni e as putas
E todos os homens
Optai pela cremação
Morrer é preciso

Aos sãos, aos enfermos
Aos bravos, aos inermos
Todos vão ter um fim
Morrer é preciso

E quando menos esperares,
Pela sesta te vais finar
Morrer é preciso

Se não te vi, pensei
Tens detergente nos sentidos
Estou morto e posso dizer
Morrer é preciso

isabel mendes ferreira disse...

obrigada Porcina....:)

eu não disse?

eu sabia que iria ajudar-me...:)

beijos.

Anónimo disse...

«detergentes nos sentidos»???
isto foi feito com tradutor automático, ou quê???
estás morto e podes dizer:
é preciso traduzir isto melhor...
KKK
dotada, mas atrasada.
olga F.

Anónimo disse...

ah, esquecia-me de uma parte: eu diria que se trata de uma villanella...
acertei? ou não?
olga F.

Anónimo disse...

kkk
Estava a brincar kkkk
pois se a resposta está no post kkkk:
é uma «passacaglia»
olga F.

Anónimo disse...

mas...
calculo que para esta palerma ganhar o séjour em Palermo, terá de responder que se trata de uma tarantella
kkk

Anónimo disse...

ainda cá volto, não resisto: tenho de agradecer a quem colocou esta hilariante tradução:
«Se não te vi, pensei
Tens detergente nos sentidos
Estou morto e posso dizer
Morrer é preciso»

Só uma coisa destas para me fazer gargalhar de madrugada, ainda ensonada KKKKK
Se achas que não, perdeste o juízo, estás morto e podes dizer é preciso morrer...

detergente nos sentidos IAC!IAC!IAC!

Anónimo disse...

acho que me esqueci de assinar o comentário anterior; aproveito para acrescentar uma variante a «se achas que não»: «se não pensas nisso»
olga F.

Anónimo disse...

Não resisti; o tempo por cá está nublado e eu estava a ficar deprimida; vim outra vez espreitar o
«tens detergente nos sentidos»
IAC! IAC! IAC!
é que de ir às lágrimas!
IAC! IAC!
IAC!
olga f.
iac! iac!

Anónimo disse...

é pena é que não tenham traduzido
«se tu non vi pensi» por «Se não te vi, pensi» iac! iac!
Mas o «se não te vi pensei» também não está nada mal para anedota! KKKKK
olga F.

Anónimo disse...

ah, e tenham cuidado com as sestas, não se vá dar o caso de se finarem durante a sesta e depois, quando acordarem, estarem mortos!
AH! AH! AH! AH!
gnh
IH! IH! IH!...
ésta tradução é histórica!
eh!eh! eh!
olga F.

Anónimo disse...

já agora, permitam que relembre, aqui, algumas outras traduções históricas:

«Arma virunque cano»

- (versão a) «A arma virou o cano»
- (versão b) «Arma de cano e vareta»

*

«Mater tua parva est»
- «A tua mãe é parva»

*

«Mater tua mala burra est»
- «A tua mãe é uma burra má»
...
Quem dá mais?

Anónimo disse...

antes que alguém decida dizer que sim, que se trata de uma tarantella, deixem que recorde, aqui, que a tarantella é uma dança que celebra a vida; há quem defenda que os movimentos reproduzem o torpor produzido pela mordedura da aranha «Lycosa Tarentula» mas parece mais provável que os frenéticos movimentos visassem expelir o veneno, através do suor.
O nome da aranha e da dança têm por étimo a cidade de "Tarentum".
Ora a música que aqui nos é apresentada pela bandida, uma composição que se destinava a ser canrada e dançada, está mais perto da celebração da morte, presente nas chamadas danças macabras.
olga F.

hfm disse...

Eu fico-me pelo "bisogna morire."

haddock disse...

fantástico!!
uma sôdona porca em plena crise pré-puerperal...
e pudera!!
capotada, qual escaravelho do k.,
a pobre parece ter como solução única a de dar à luz os 327 leitões (foi a contabilidade conseguida na última eco)...
... mas que, sadicamente, são aguardados com ansiedade pelos fornos da mealhada...
é triste. mesmo triste.
mas...
morrer é preciso!!

(the business must go on...)



quanto à cantiga - qual barroco!!! - lembra a ligeireza (antigamente intervencionista) de um qualquer
lucio dalla

Anónimo disse...

pois, parece que é do século XVII, mas desconhece-se a autoria.
É, contudo, considerado mais como uma manifestação da última fase renascentista.
por isso, lida à luz do italiano do século XVII, o refrão «bisogna morire» não deve ser interpretado como «precisa de morrer» mas antes como a incontornabilidade da morte; a moete como fazendo parte da vida. A morte que, democraticamente, a todos e todas leva. É escusado pensar que não. Ou era, que parece que as coisas estão a mudar KKK
E com esta me vou :-)
olga f.

Anónimo disse...

afinal, ainda volto...
esqueci-me de referir outra pérola:
«E Giovanni e as putas
E todos os homens
Optai pela cremação
Morrer é preciso»
IAC! IAC! IAC!
Mas, aqui, quase que poderia servir de desculpa o facto de «giovani» aparecer escrito com
-nn-.
Ok, confundir os jovens com os Giovannis, vai que não vai; mas confundir as crianças (os putos), os anjinhos com as putas...
Não tarda ainda mudam a letra ao fado do Carlos do Carmo KKKK
Há mais pérolas, na tradução, mas fico-me por aqui.
IAC! IAC! IAC!
olga F.

Anónimo disse...

olá, bom dia, ainda cá volto KKK
Parece que fiquei fã deste post...
Na verdade, estou curiosa relativamente ao «Concorso». Muito curiosa. É que esta composição está no seio de uma polémica, nomeadamente no que respeita à sua integração num género ou «el genero musicale», para usar a construção linguisticamente híbrida acima depositada.
:-)
Fico, então, à espera da douta resposta.
antecipadamente grata
olga F.

as velas ardem ate ao fim disse...

um bjo

Ana Paula Sena disse...

Um abraço! :)

SMA disse...

E depois
.
.
.
Não há como não me sentir viva em morte continua...

bjo

SMA disse...

Sabe... sabe...
.
.
.
pele de gosto :-)

Anónimo disse...

Mi dispiace, Bandida.
Não queria, de todo, silenciar os comentários com a minha verborreia. Já cá não está quem comentou. Apaguei o filme do youtube e peço-te que apagues os meus comentários.
Ciao, cara
Olga F.

observatory disse...

ta giro carna val

de "rape"

bem melhor a versao que o original.

o original é uma valente merda

salvou-o a versão

uma bela obra em versao alongada

Frioleiras disse...

lindíssimo... tudo !

A poesia, a música.................

gostei mt....



(Morrer é preciso,
na verdade!)...