sexta-feira, setembro 29, 2006
Diálogo XXVIX
- Tenho que ir até lá...
- A sério?!
- Sim, mesmo!
- É mais fácil ou é só aquela coisa estúpida chamada...
- É mais fácil...
- E vais quando?
- Quando parar de chover...
- Mas é tão quente!...
- Pois é, mas a chuva não me incomoda.
- Acho que devias vestir o casaco.
- Já sei... é tarde...
quarta-feira, setembro 27, 2006
Virginia Woolf
'Dearest Clive, / Your card has just come. We left Rodmell yesterday, as Leonard was ill. The doctor yesterday was inclined to think it serious - probably prostate gland [note, no mention of diabetes at this time]. ... How long are you staying? We should like very much to see you & Janice [these last two words slipped in an as an afterthought - in any case Virginia did not like her brother-in law's lover and was frequently and sometimes amusingly catty about her in her correspondence with others].'
terça-feira, setembro 26, 2006
Wim Mertens
Concerto integrado na tournée que celebra os seus 25 anos de carreira e apresenta o novo álbum partes extra partes, último trabalho da longa obra deste músico e compositor minimal Belga.
Wim Mertens (piano e voz)
Gudrun Vercampt (violino)
A música de Wim Mertens rege-se por premissas da música minimal americana, embora recuse seguir por inteiro as normas de um género. Um dos recursos melódicos usados é o da repetição, que dá espaço às canções para transmitirem "sensações de prazer" sem desvirtuar a dimensão rítmica. A vertente ao vivo é uma faceta muito importante do trabalho de Wim Mertens.
Por vezes ouvimo-lo a cantar numa voz caracteristicamente aguda, quase etérea, fazendo uso de uma linguagem pessoal cuidadosamente trabalhada e imaginária. Musico e compositor minimal, Wim Mertens é um artista internacional com uma carreira que inclui inúmeros concertos, tanto a solo como com o seu ensemble, por toda a Europa, na América do Norte e do Sul e no Japão. Depois da bem sucedida digressão do ano passado em Portugal, Wim Mertens está de volta e com ele um espectáculo único e intimista.
10 Dezembro - TEATRO MUNICIPAL DE SÃO LUÍZ - Sala Principal
É melhor apressarem a compra dos bilhetes que já há poucos...E garanto-vos que vale a pena ver e ouvir este homem!!!!!!
segunda-feira, setembro 25, 2006
Mais diálogo
Diálogo...
domingo, setembro 24, 2006
Stradivarius
Um Stradivarius, tal como um Amati ou um Guarnerius, continuam hoje a ser instrumentos de uma qualidade transcendente, muito difícil - ou mesmo impossível - de igualar por qualquer construtor de violinos da actualidade.
Não se trata de instrumentos valiosos porque são antigos, mas sim porque são efectivamente melhores - e é normal, portanto, que os grandes instrumentistas, mormente os grandes solistas, desejem fazer com eles a sua carreira, mesmo que tenham de incorrer em despesas verdadeiramente colossais para os poderem adquirir.
quarta-feira, setembro 20, 2006
A cenoura, o ovo e o café
Certa vez, um velho sábio recebeu a visita de uma rapariga que se queixava da sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Já não sabia o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido, logo surgia outro.
Então, o sábio levou-a até à cozinha. Encheu três panelas com água e colocou todas em fogo alto. A água das panelas começou a ferver. Numa delas colocou cenouras, noutra ovos, e na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A moça suspirou e esperou impacientemente imaginando o que estaria ele a fazer. Minutos depois, o sábio apagou o fogo. Pegou nas cenouras, nos ovos e no café. Colocando-os em recipientes separados. Virou-se para a rapariga e perguntou:
- O que é que está a ver?
- Cenouras, ovos e café - respondeu ela.
Ele pediu para ela examinar as cenouras. Ela obedeceu, e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse num dos ovos e o quebrasse. Ela obedeceu, e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele pediu-lhe que tomasse um gole de café. Ela sorriu ao sentir o seu aroma delicioso e então perguntou :
- O que é que isto significa?
- Cada um destes, a cenoura, o ovo e o café, enfrentou a mesma adversidade, a água a ferver, mas cada um reagiu de maneira diferente. A cenoura, outrora crua e rígida, amoleceu e tornou-se frágil. Os ovos, antes frágeis, tornaram-se firmes e mais resistentes. Já o pó de café é incomparável : depois de o colocar na água a ferver ele muda a própria água.
Após um profundo silêncio, o sábio prosseguiu :
- Qual deles és tu? Quando a adversidade te bate à porta, como respondes? És a cenoura, o ovo, ou o pó de café? És como a cenoura, parecendo firme e forte, mas, com a dor e a adversidade, murcha e torna-se frágil perdendo a sua força? Ou será que és como o ovo, começando maleável, mas depois de sofrer alguma pressão da vida, tornas-te dura? A tua casca até parece a mesma, mas por dentro estás dura. Ou és como o pó de café? Transformas o meio que te aflige, alteras o que te traz dor e ofereces algo melhor e mais gostoso do que tinhas antes da adversidade?
Ninguém te pode fazer sentir inferior sem o teu consentimento.
segunda-feira, setembro 18, 2006
Wild is the Wind
Love me, love me, love me, say you do
Let me fly away with you
For my love is like the wind, and wild is the wind
Wild is the wind
Give me more than one caress, satisfy this hungriness
Let the wind blow through your heart
For wild is the wind, wild is the wind
You touch me, I hear the sound of mandolins
You kiss me
With your kiss my life begins
You're spring to me, all things to me
Don't you know, you're life itself!
Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures of the wind, and wild is the wind
Wild is the wind
Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures in the wind, and wild is the wind
Wild is the wind
(Cantado pelo génio de Nina Simone)
E digo eu que tudo se vai transformando em cada milésimo de segundo das nossas vidas. Somos e vamos sendo tudo com pedaços de nada. Selvagens, lobos, bandidas. Discretamente. Conseguimos no sorriso e na lágrima a pestana e o sono. Apesar de tudo...
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