apeteceu-me um abssinto que adoro... com o ritual da pequena torneira aberta sobre a espátula fina de renda de prata... encimada por um cubo de açucar caindo suave, devagar, sedutor, verde, líquido, no copo de memórias............
fantástico ouvir o pinho vargas, que temos ali empoeirado ainda em vinil... (herança dos avós, claro!)
quanto à imagem, poderosa!! (de tal modo que apeteceu-nos desesperadamente um charro!!)
quanto ao texto, encolhemos-nos, quais vítimas da psicopatia da vida quotidiana... (que é uma forma intelectual de dizer nada...) mas soa bem... como um ataque tranquilo de epilepsia poética, feito de suaves convulsões.
...e fala-se, por a sede querer um lábio humedecido, uma língua deseja-se cheia de paladar e tanino; e o silêncio resguarda-se para quando estamos satisfeitos, ou em desespero.
31 comentários:
Mebocaína! ;) Beijo!
surrealismo!!!!!!!!
.
.
não tenho lume....:)
antes sombras.
beijos.
até eu
e ademais não fumo.
(isto deve ser uma arte ataráxica nova, o de não ter um viciozinho sequer...)
mas que um 'puro' daqueles fica bem em qualquer boca, lá isso é verdade!
A sede é beber-se a si próprio quando o silêncio engasga a voz.
Porque a língua se negou ao som...
constipada senti... o ardor desse charuto ...
as palavras e a música... adocicaram-me a garganta.......
tenho sede da pele
do afecto
do poema
da cantiga
e das nuvens
carregadas
juntos às flores.
tenho sede do toque
das mensagens antigas
do brinquedo nunca dado
e da garganta puxada para
trás, como se aspirasse
e levasse o céu
à voz.
jorge vicente
Também eu me engasgo e demasiadas vezes. Umas naturalmente, outras nem por isso.
Enorme abraço, R.
Ideia original.
Com marcas de surrealismo, sim!
Gostei muito do primeiro verso.
Espero que o lançamento do Porto tenha corrido bem.
Bjs.
lido e relido e no meio do espanto agradeço estes "naturalmente".
ler-te
apeteceu-me
um
abssinto
que adoro...
com o ritual
da pequena torneira
aberta sobre
a espátula
fina
de renda de prata...
encimada por um cubo
de açucar
caindo
suave,
devagar,
sedutor,
verde,
líquido,
no copo de memórias............
Por vezes
prefiro o atalho
das avenidas
não era mau, a companhia deste piano, o charuto e as minhas memórias de criança!
(Loulou sózinha na Casa)
...
achei piada à mebocaína ali de cima...
por partes:
fantástico ouvir o pinho vargas, que temos ali empoeirado ainda em vinil... (herança dos avós, claro!)
quanto à imagem, poderosa!!
(de tal modo que apeteceu-nos desesperadamente um charro!!)
quanto ao texto, encolhemos-nos, quais vítimas da psicopatia da vida quotidiana... (que é uma forma intelectual de dizer nada...)
mas soa bem... como um ataque tranquilo de epilepsia poética, feito de suaves convulsões.
e uma palmadita nas costas... dizem que funciona!
depois da sede funda a embriaguês...
abraço
[...o que eu gosto do Pinho]
(e das tuas palavras)
[mais um poema que dava muitas imagens.....]
beijo
p.s.
Pinho Vargas,
faltou-me o resto do nome...
(não confundir com Manuel Pinho...lol)
a mim matam-me
cortam-me
:)
A sede. O silêncio. Escapou-me o essencial?
Um beijo.
música
divina.
palavras
feiticeiras.
guturalmente. abismado...
beijos
( O Blogue "A Dispersa Palavra" atribuíu o Prémio Dardos ao Blogue
"Bandida")
Há uns "chocolates cantantes para Rem Koolhaas" ...
Mas pergunta ao observatory que ele sabe.
sabe-me sempre a tão pouco quando venho aqui..e este saber a pouco sabe tão bem, faz-me ter vontede de voltar para mais.
Site muito engraçado, com boa música e imagem e palavras grávidas.
Beijinhos
"muita merda" no Porto, é o que te desejo. Bj
Naturalmente....
(vinda do sono... sem sono e com vontade de vos ler...)
...e fala-se, por a sede querer um lábio humedecido, uma língua deseja-se cheia de paladar e tanino; e o silêncio resguarda-se para quando estamos satisfeitos, ou em desespero.
espero que não tenha havido muita chuva por lá (Porto) e que tudo tenha corrido como mereces.
bj
Deixas-me tartamuda :)...
Beijinho.
está lá...essa imagem :)
sempre muito interessante
http://www.arte-e-ponto.blogspot.com
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