quando eu chegar a escaldar de febre e tu me disseres de que é feito o teu olhar
talvez por um momento eu te mate o ombro e o pescoço com golpes de chuva.
[qualquer coisa de vulgar para que o sonho se canse].
Lobos somos todos
crio um estado de sono de cada vez que esbarro no absurdo
da tortura na tontura.
sendo a loucura uma estética obscura, é mais imaginação do que falso.
[20 miligramas de antidepressivos e dez de ansiolíticos para enclausurar o espanto].
agora levas às costas a minha evasão e eu troco as partituras na dimensão das asas.
branco com tinta escura. partitura. partitura. partitura.
This project started in 2007 after I retired my darkroom and began to experiment with a digital camera and Photoshop. I quickly realized I had found the perfect process for my interest in manipulated imagery. As I became more adept at the technological aspects of the digital camera, film scanner and Photoshop, my resultant black and white images became more complex.
My content is a combination of digital and scanned film – layered pieces of landscape, flowers, windows, doors, mirrors, water and usually females. All of the images I use are from my own shoots. The scenes I create are at once recognizable and not possible -- dreamlike or memory enhanced.
I began to enter the finished prints in juried exhibits and the responses were positive. I also continued to create new work for the portfolio. By mid-2008, I saw the work as a series and titled the pieces to reflect an ongoing narrative of memory, reflection, hope, fear, and choices – observations of moments that are building blocks of my life. I did not originally intend for this work to be autobiographical; that is, however, what it became. In allowing that, I opened a dialogue with viewers who bring their own experiences and memories to the work. The more personal I allowed the work to be, the more universal it became.
Karen Klein
desenhei uma cicatriz no rosto.
um parapeito a chegar ao impossível.
concentrei-me tanto que a notícia chegou depressa ao umbral da porta. a banheira estava cheia e a margem tinha musgo enrolado em tapetes de pedra. foi por aí que os sábios se embrulharam em planos tridimensionais. eu não sabia nada. a minha técnica de desaparecimento era conhecida só pelos sábios do ponto-cruz. o coração apertava e o sangue saltava no excesso da boca. juro que era capaz de fazer um cubo sem levantar o lápis embora a vibração da terra me fizesse cócegas no cotovelo. e enquanto desenhavas o passo eu apertava-te a mão e inventava a teoria do lápis no tornozelo. como se fosse o cotovelo. novelo do meu amor.
[tão incompreensível como a vertigem do reflexo]