o medo tem patas iguais a candeeiros.
as patas dos candeeiros são de carneiros. com a língua de palavras a medo.
a lã desenvolve penas com patas de lã. as patas têm na lã a impressão digital do medo.
que por acaso chegou atrasado.
[tão incompreensível como a vertigem do reflexo]
45 comentários:
nota: este post não é para ser compreendido. a autora não dispõe de nenhuma linha nem de memória suficiente no disco rígido para enfatizar o hálito dos requisitos necessários para perspectivar deslocações ao mundo dos poetas. nem ambição com letras grandes nem pequenas para jantar com o melo e castro ou o herberto helder ou o pessoa ou o almada.
a autora pode ser vista com um cão preso pela trela a distribuir partituras [adquiridas pelo pai há já alguns anos] em pleno camões nas horas de expediente ali perto da brasileira. o cão é castanho e tem a honrosa mania de ladrar quando ouve o elevador. não se sabe muito mais. sabe-se que se perdeu num beco a tentar apanhar um gato. sem sucesso.
desbravar sentidos. sempre...
(o medo é esponjoso, lanífero...)
bravíssima.
beijos
E de que cor é a lâmpada?
nota para a autora.: este post é brilhante! posso fazer "méééééé"?
(é tão bom voltar aqui!)
beijo enorme,
alice
A apoplexia de um silogismo?!
abraço
a vertigem do reflexo... não me é incompreensivel... é-me até banal...
as penas com patas de lã sim...
nas penas não há vislumbre de lã
a lã é quente
as penas são líquidas...
penas não tem patas.
penas nem asas têm,
penas têm amagura
e
amargura tem água,
tem lágrimas..........
de todo o modo, bandida............
excelente! a tua sempre excelente ironia e sensibilidade!
Se puderes, esclarece-me...
Onde está o prazer maior ?
A escrever a ironia ( post ) ?
Ou a perceber pelos comentários quando a ironia é ou não compreendida ?
:)
http://entremares.blogs.sapo.pt
e o mémé faz lã nas patas do medo.
disse a menina.
(lembras-me a Ana Hatherly).
Beijo
(dou cada marrada no teu blo...)
É por essas e por outras que às vezes me dá para ter saudades de Lisboa e dessas coisas que vocês bebem e fumam e tomam e tudo e tudo e tudo... ;) Beijo grande!
Lana caprina.. ou a neurologia do medo envergonhado... Foi uma casualidade...entrar neste espaço...Vou estacionar a "toyota"...Vim para ficar!
Vertiginosamente Tu.
simbiótica!
.
Pin.
(beijo)
atchim atchim.
Desconcertante. Dizem que só os loucos é que resistem à espessura das sombras que se movem sob os seus pés...
Um grande beijo.
porque gostarei eu tanto destes desassossegos, destas incompreensíveis vertigens do reflexo?
Pode haver compreensão nas incompreensões? Pode haver empatias.
e não tendo compreendido, gostei. assim como que não tenha conseguido apanhar o gato:)...peço desculpa pela franqueza, mas foi bem feita!;)
Por aqui esta-se muitíssimo bem!
Obrigada pela visita!
ps: Eu tb acredito no bom gosto da MRF :) e na sua intelig~encia.
desde que iniciaste este ciclo do medo que eu entro aqui... e fujo!
mas hoje decidi enfrentar o medo.
e dizer-te que tenho muito respeito pelo medo que se veste de ironia poética!
abraço grande.
o medo é me tão pegajoso à pele que sinto cada vez mais bem aqui.
um bjo
nós também temos por hobbie jogar golfe num campo sem buracos ao som de homilias dominicais enquanto levamos a pastar "palmiras" lanzudas a reclamar banda gástrica. é que viram o seu reflexo num lago serrano e fugiram apavoradas do sinistro narciso que se riu delas a bandeiras despregadas: "gordalhufas!!", insultou também.
e assim se tresmalharam as ovelhas do nosso rebanho, ensinadas a apanhar bolas de voo aleatório...
do melhor, bandida!!
méeeee
meeeeé
méeeeeeeee...
:)))
ainda bem que o medo, aqui, chega sempre atrasado... aliás, não chega!
(lugar de invenção e ousadia e provocação)
não comunicar é preciso
(e comunica-se)
[gran(de) final(e)!!!]
beijos,
muitos
p.s.
ali as de cima deviam ler/conhecer uma certa Palmira
;)))
p.s.1
Então até um dia destes, no Camões...
de medo em medo construímos a luz, pelo que não há que ter medo do medo.... kiss kiss
p.s. a malta está bem, com o Pavan a ir à India já no próximo sábado
:( ... e a menina? que é feito?
Abraço, sem "medo", da Terra dos Ventos.
o melo e quantos?
e porque haverias?
importante a lã e o frio :)
beijos (kum é pouco)
Cara Bandida, ainda bem que soube da venda das partituras. Talvez seja a solução para o meu problema: há tempos, agarrei-me a uma fuga em si menor mas, para meu desconsolo, a traça que a fuga trazia passou para outras partituras e transformou-me um prelúdio em sol maior num nocturno em dó menor. E a dita em si menor transformou-se numa fuga em mi(m) maior. O que, naturalmente, provocou, de suite, dó maior.
Talvez com o seu espólio consiga recuperar as partituras originais.
Até um fim de dia destes, no Camões.
of
o medo tem patas reflectidas de lã
o espelho é o medo tornado visível,
a lã transfigurada na pele dos homens-carne.
um beijinho
jorge
começo a ficar viciada nestas vertigens.
(ó(s) haddock, estáis por demais ocioso, vossos hobbies são propensos à obesidade. esgrimai, porventura.)
Me pareció muy buena la metáfora que empleaste Bandida!
Beijos pra você!
Oso
... que sorte, teres palavras para o medo, sejam elas quais forem...
adoro ler-te e pronto e ponto.
p-o-t-e-n-t-íssimo!!!
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
estranha forma de dizer medo e não o ter. vertigem acessa na palavra.
muito bom
*__bonecadetrapos__*
o medo também tem asas. e garras de águia.
as garras desenvolvem lágrimas e sangue.
(incompreesível como eu gostar de cabidela).
Morre-se de tanta coisa
Quanto a mim morro-me de ausência
Morro-me solitário num trilho de noite insone
esvoaçando com um zunido de estrelas e rolas brancas morro-me
com a lepra do silêncio alastrando por entre o cio adocicado das abelhas
e o estertor amarelo verde da terra morro-me num gotejar de
pequenas casas oblongas, que para sempre enfeitam o meu bosque, onde
tu não pousas já nos balcões suspensos da minha espera
morro-me com todo este céu a cair-me por entre os dedos; pedacinhos
de memória pendurados para uma oferenda estéril, estéril e inútil
morro-me também da vastidão do frio impresso nas farpas aceradas
da melancolia, onde um minúsculo grão de neve peregrino derrete,
persistente, na bandeja dos caminhos levantados, para que neles possa
enfim desenhar a música dos dias tristes, quando tu, sem eu saber
porquê, nem te aproximas nem acenas
ah sim, também se morre de silêncio
Victor Oliveira Mateus
ja tive um candeeiro desses. e tinha medo. agora já não. agora não chego atrasada.
agora deixo um beijo.
senhora dona Bandida R.
--» a Câmara de S. ainda aguarda endereço completo da Rua AR, para envio da "coisa".
velo post. lanígero. pura lã. um chic gaélico.
claro que sabes que o reflexus é um retorno atrás. e há quem o faça vertiginosamente, é certo e certeiro. no abismo, chega a ser letal.
Até me assustei.
Sim, bem podem chover ameaças que cá estaremos com o inaudito para responder aos métodos estalinianos de que alguns tanto gostam.
Esta é uma resposta brilhante à mongalhice que povoa a blogosfera.
Digo-o, assim, sem meias palavras.
Aquele enorme abraço, minha querida amiga.
vertigem são seis dias sem a ler...
beijinhos :)
"tão incompreensível como a vertigem do reflexo" - tão incompreensível, quanto assustador. realmente um gran finale para o ciclo do medo...
beijinho
um bjo
sem medo
ser ovelha negra e gostar...
(estou atrasado, estou atrasado...)
meeééé........
[post novo!?!]
bj*
Como sabes, gosto de ovelhas, de carneiros também, pois então. Não metem medo, já o não dizer sim.
Que nós nos dás!
Lis
volta. estás perdoada! :))))
de tanta abstinência nossa.
beijo
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