Gostei dessa ideia da ausência (ou distorção) de som conseguir conversar com a noite. Gostei que tivesse "havido coisa" entre elas: a autenticidade da comunhão é sempre (e ainda) possível mesmo quando parece haver distância... Um grande abraço.
deixaram sair as palavras, sem abafar a respiração, que era perceptível no frio da noite.
as palavras gelaram com o bafo feito nevoeiro.
entre um e outro, só a luz se deixou ouvir, nos breves curto-circuitos das ligações eléctricas nada indiferentes à cacimba, ali, ao lado das sebes de cedro iluminadas da rua.
na névoa dessa noite, nem o frio se ouviu em Azeitão.
mas a memória, essa bandida que não apaga nem as palavras de uma noite de Natal, deixa ecos, como cacos, que até poderiam ser muitas coisas, mas que se resumem a um simples: Obrigado por teres vindo. Gostava muito de voltar a ver-te no Verão
nunca substimar o poder da apneia do som, especialmente quando ressoa... perdem-se noites conjugais e alguém amanhece com hematomas de origem silenciosa. nervosa. cotovelar.
não se fala disso.
troca-se um bom-dia com mokambo.
(e congemina-se: um discreto furinho na traqueia...?? uma ligeira, embora persistente, pressão almofadal...??)
Sabes que adorei este teu silêncio e como sou uma chorona quando te li a primeira vez desatei a chorar em pleno trabalho.....os colegas a olharem para mim...estranha..a moça é muito estranha..pensam.
Ofereço te este meu texto, simples nada comparado ao teu:
um dia vou sem destino para ver o fim desta estrada de rotas
rôtas.
e então sem nome,
poderei chorar em silêncio as palavras que não foram ditas. explosão rebelde contra o esquecimento.
26 comentários:
Será verdade? Ou apenas um boato que a noite espalhou, por ciume?
em silêncio.
regressei. do norte mais ao norte.
brando o gesto.
brando a voz que descansa depois da apneia.
assim.
sabe bem regressar.
beijo Pin.
Se calhar, nos tempos que correm, abençoados silêncios.
Um beijo.
No silêncio nunca nos faltam palavras para enganar a voz...
Um beijo.
e eu roubei-te um beijinho.
desta vez, não tive distúrbios de poemas, mas uma alegria grande pelo fim-de-semana. esta pessoa esteve cá e eu estive com ela a dançar
http://www.dionyjos-biodanza.nl/biodanza%20fotos/Rolando%20Toro%20biodanza%20les.jpg
um beijinho amigo
jorge
Às vezes é mesmo melhor que fiquem os silêncios, as respirações sustidas. Beijo!
Gostei dessa ideia da ausência (ou distorção) de som conseguir conversar com a noite. Gostei que tivesse "havido coisa" entre elas:
a autenticidade da comunhão é sempre (e ainda) possível mesmo quando parece haver distância...
Um grande abraço.
...e, num respiro de alívio, abraço desde o dentro de minh'alma.
diz que sim
(a boca contou ao ouvido)
[belíssimo apontamento!]
beijo
se calhar foi coisa de pouca monta... mas ainda há muitos silêncios.
belos encontros nocturnos!
é, bandida ... a apneia é coisa complicada mesmo. podemos nem sequer acordar mais ...
há sempre a boca. e as guelras. e o respirar por guelras ...
saudades tuas, bom 2009.
beijo da Mel
www.noitedemel.blogs.sapo.pt
e ... aqui!
é sempre assim. quando a noite se encontra com o silêncio.
nunca mais se fala disso!
abraço.
e até sábado!
(se não nevar!)
deixaram sair as palavras, sem abafar a respiração, que era perceptível no frio da noite.
as palavras gelaram com o bafo feito nevoeiro.
entre um e outro, só a luz se deixou ouvir, nos breves curto-circuitos das ligações eléctricas nada indiferentes à cacimba, ali, ao lado das sebes de cedro iluminadas da rua.
na névoa dessa noite, nem o frio se ouviu em Azeitão.
mas a memória, essa bandida que não apaga nem as palavras de uma noite de Natal, deixa ecos, como cacos, que até poderiam ser muitas coisas, mas que se resumem a um simples: Obrigado por teres vindo. Gostava muito de voltar a ver-te no Verão
nunca substimar o poder da apneia do som, especialmente quando ressoa...
perdem-se noites conjugais e alguém amanhece com hematomas de origem silenciosa. nervosa. cotovelar.
não se fala disso.
troca-se um bom-dia com mokambo.
(e congemina-se: um discreto furinho na traqueia...?? uma ligeira, embora persistente, pressão almofadal...??)
(bem haja o sassetti que transmite caaalma!!)
pois eu já vim por aqui umas quantas vezes ouvir o teu som.
...será que entretanto nasceu o dia dessa integridade minuciosa que a noite e o silêncio concebem?
Obrigada, pela passagem na "matriz dos sonhos", um abraço
como diz o haddock..........
bem haja o sassetti que transmite calma..........
Parece que foi ontem que no Porto te abracei e olhei esses teus olhos transparentes...
Ficou a memória de uma tarde para recordar, mesmo que em silêncio.
Um abraço carinhoso e muito exito na apresentação e para 2009 e venha lá mais outro livro. Aguardo.
;)
Sabes que adorei este teu silêncio e como sou uma chorona quando te li a primeira vez desatei a chorar em pleno trabalho.....os colegas a olharem para mim...estranha..a moça é muito estranha..pensam.
Ofereço te este meu texto, simples nada comparado ao teu:
um dia
vou sem destino
para ver
o fim desta estrada
de rotas
rôtas.
e então
sem nome,
poderei chorar
em silêncio
as palavras
que não foram ditas.
explosão
rebelde contra o
esquecimento.
um bjo B
Silencio
Silencio
Silencio
Gostei e voltarei.
Grassa um eco verde na noite. e mais não digo.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
o silêncio também é música ...
(dos milagres. b)
:))
iv
Não se fale disso...
Um grito parido no silêncio da noite.
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