domingo, janeiro 11, 2009



a apneia do som encontrou-se com a noite. conversaram durante horas e parece que houve coisa. disse a boca.

nunca mais se falou disso.



[roubaram-se uns silêncios]








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26 comentários:

O outro lado do espelho disse...

Será verdade? Ou apenas um boato que a noite espalhou, por ciume?

isabel mendes ferreira disse...

em silêncio.


regressei. do norte mais ao norte.


brando o gesto.


brando a voz que descansa depois da apneia.


assim.

sabe bem regressar.


beijo Pin.

hfm disse...

Se calhar, nos tempos que correm, abençoados silêncios.

Um beijo.

Graça Pires disse...

No silêncio nunca nos faltam palavras para enganar a voz...
Um beijo.

jorge vicente disse...

e eu roubei-te um beijinho.

desta vez, não tive distúrbios de poemas, mas uma alegria grande pelo fim-de-semana. esta pessoa esteve cá e eu estive com ela a dançar


http://www.dionyjos-biodanza.nl/biodanza%20fotos/Rolando%20Toro%20biodanza%20les.jpg

um beijinho amigo
jorge

Anónimo disse...

Às vezes é mesmo melhor que fiquem os silêncios, as respirações sustidas. Beijo!

Victor Oliveira Mateus disse...

Gostei dessa ideia da ausência (ou distorção) de som conseguir conversar com a noite. Gostei que tivesse "havido coisa" entre elas:
a autenticidade da comunhão é sempre (e ainda) possível mesmo quando parece haver distância...
Um grande abraço.

tchi disse...

...e, num respiro de alívio, abraço desde o dentro de minh'alma.

intruso disse...

diz que sim

(a boca contou ao ouvido)



[belíssimo apontamento!]

beijo

Unknown disse...

se calhar foi coisa de pouca monta... mas ainda há muitos silêncios.

pinky disse...

belos encontros nocturnos!

Mel de Carvalho disse...

é, bandida ... a apneia é coisa complicada mesmo. podemos nem sequer acordar mais ...

há sempre a boca. e as guelras. e o respirar por guelras ...

saudades tuas, bom 2009.
beijo da Mel
www.noitedemel.blogs.sapo.pt

e ... aqui!

maria josé quintela disse...

é sempre assim. quando a noite se encontra com o silêncio.





nunca mais se fala disso!





abraço.


e até sábado!
(se não nevar!)

St. J. disse...

deixaram sair as palavras, sem abafar a respiração, que era perceptível no frio da noite.

as palavras gelaram com o bafo feito nevoeiro.

entre um e outro, só a luz se deixou ouvir, nos breves curto-circuitos das ligações eléctricas nada indiferentes à cacimba, ali, ao lado das sebes de cedro iluminadas da rua.

na névoa dessa noite, nem o frio se ouviu em Azeitão.


mas a memória, essa bandida que não apaga nem as palavras de uma noite de Natal, deixa ecos, como cacos, que até poderiam ser muitas coisas, mas que se resumem a um simples: Obrigado por teres vindo. Gostava muito de voltar a ver-te no Verão

Haddock disse...

nunca substimar o poder da apneia do som, especialmente quando ressoa...
perdem-se noites conjugais e alguém amanhece com hematomas de origem silenciosa. nervosa. cotovelar.

não se fala disso.

troca-se um bom-dia com mokambo.

(e congemina-se: um discreto furinho na traqueia...?? uma ligeira, embora persistente, pressão almofadal...??)

(bem haja o sassetti que transmite caaalma!!)

[A] disse...

pois eu já vim por aqui umas quantas vezes ouvir o teu som.

Gisela Rosa disse...

...será que entretanto nasceu o dia dessa integridade minuciosa que a noite e o silêncio concebem?

Obrigada, pela passagem na "matriz dos sonhos", um abraço

audrey disse...

como diz o haddock..........

bem haja o sassetti que transmite calma..........

[A] disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rosa Brava disse...

Parece que foi ontem que no Porto te abracei e olhei esses teus olhos transparentes...

Ficou a memória de uma tarde para recordar, mesmo que em silêncio.

Um abraço carinhoso e muito exito na apresentação e para 2009 e venha lá mais outro livro. Aguardo.

;)

as velas ardem ate ao fim disse...

Sabes que adorei este teu silêncio e como sou uma chorona quando te li a primeira vez desatei a chorar em pleno trabalho.....os colegas a olharem para mim...estranha..a moça é muito estranha..pensam.

Ofereço te este meu texto, simples nada comparado ao teu:

um dia
vou sem destino
para ver
o fim desta estrada
de rotas

rôtas.


e então
sem nome,

poderei chorar
em silêncio
as palavras
que não foram ditas.
explosão
rebelde contra o
esquecimento.


um bjo B

Desabafos disse...

Silencio



Silencio


Silencio





Gostei e voltarei.

Anónimo disse...

Grassa um eco verde na noite. e mais não digo.



Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

Isabel Victor disse...

o silêncio também é música ...




(dos milagres. b)


:))


iv

merdinhas disse...

Não se fale disso...

tchi disse...

Um grito parido no silêncio da noite.