Belíssimo este "agnus dei". A 'polifonia' do texto, a duas vozes, está síntona com o tema litúrgico. A doação da seiva vital é um silêncio sublime. O cálice...
(a imagem: pega-se num tubérculo cardiomórfico, espetam-se a jeito vodoo uma agulhinhas e faz-se um tapete de arraiolos, tricotado por um travesti donjuanesco barrocamente empoeirado...)
passei o dia prostrado, como se esperasse alguém. ouço o corpo doente latejar. o tempo escoa-se mais rápido fora do corpo. chove. o vento bate ferozmente nas persianas, cansa-me. tento dormir um pouco, seduz-me a ideia de nunca mais acordar. devem ser sete da tarde. [Al Berto, O Medo (2), 6 de Janeiro de 1984]. Um abraço, llima.
28 comentários:
só tomo se me disseres a graduação...
quero estar lúcida
para "rasgar no desejo o fôlego do poema".
abraço grande.
dou um pouco do meu sangue tb...
(penso perceber-te bandida, penso que sei a razão desse teu verbo...)
lindíssimo e comovente..........
uma música impensável .........
umas imagens... paralelas..
uma doçura infinita...
uma tristeza
cortante...............
o medo, os medos.....
em tudo,
em todos
com parênteses de água...
como dizia o Cesariny :
"queria de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma..........."
um abraço,
forte!
à pele . à pele . à pele ...
(...)
:)
sangue das palavras
[não dizer nada, só aparentemente]
beijo!
não digo.
desdigo.
mas gosto do tema. e do aparente. e do resistente. grito.
e da música.
e das "telas a desdizer".
e vou.
__________________PIN.
... viciante, este ciclo.
Há já muito, muito tempo que não sentia assim um soco na alma.
"afundar de ironia a almofada do silêncio."
eu diria que por este país anda mais um afundar de silêncio na almofada da ironia...
Com este teu tecto falaste de mim sem saberes..medo.ou talvez não.
um bjo B
Não dizer nada é muitas vezes o que se faz melhor. apesar da vontade de gritar.
Beijo
Tia Bandida
toma
um pouquinho do meu rosa
para com um lápis de
cera....
colorires o teu coração.........
a preto e branco, pois é...
(andamos)
bem, antes a preto & branco que a cinzento (cinzentinho baço...)
;)
a cor chegará.
beijo
zzz...zzz...
talvez acabe em fevereiro (o ciclo do medo) e, se não calhar no aniversário de alguém que amo muito, eu VÁ LÁ.
tou aqui maria
eu nunca te fujo:)
Belíssimo este "agnus dei".
A 'polifonia' do texto, a duas vozes, está síntona com o tema litúrgico.
A doação da seiva vital é um silêncio sublime.
O cálice...
(a imagem: pega-se num tubérculo cardiomórfico, espetam-se a jeito vodoo uma agulhinhas e faz-se um tapete de arraiolos, tricotado por um travesti donjuanesco barrocamente empoeirado...)
Enrolar na pele o fôlego do poema e deixar que venham as palavras. Em sangue.
Muito bom, o poema. Um beijo.
generoso o teu "ofertório" de sangue...
(e o sangue se fez vinho...)
humanos que somos.
belíssimo.
ai! :(
entao...
http://www.fiolimpo.blogspot.com/
ai ai ai
Em todas as liturgias
é por bem
que se toma um copo
com os amigos
Só depois arfa o poema
É não dizendo que se diz.
Total abraço.
... e brindamos!!
mas saímos daqui angustiados.
mais uma corrente de ar frio...
e temos uma crise de pânico!!
ergue-se o cálice ...
(sublime)
b. dos milagres
iv
passei o dia prostrado, como se esperasse alguém. ouço o corpo doente latejar. o tempo escoa-se mais rápido fora do corpo. chove. o vento bate ferozmente nas persianas, cansa-me. tento dormir um pouco, seduz-me a ideia de nunca mais acordar. devem ser sete da tarde. [Al Berto, O Medo (2), 6 de Janeiro de 1984].
Um abraço, llima.
[toma] este é o meu milagre
[toma] esta é a minha vértebra
o meu poema de jorrar fogo às costas.
um grande beijinho
jorge
Tenho saudades dos cães enrolados. Não tenho saudades da pele! Beijos!
Que loucura!
Abraços d´ASSIMETRIA
DO PERFEITO
sempre que aqui venho fico "arregalada".
e gosto.
mantenho que essa tua forma inquietante de escrever me atrai... e o título é sem dúvida um indício para o ciclo que se prepara para iniciar.
beijinho
um senhor poema, maria. um grandessíssimo senhor poema.
e essa fotógrafa tem coisas de morrer. óptima combinação, com requintes de embrieguez. nada que não estejamos habituados vindo de ti.*
abraço grande à flor da pele*
Do poder. Do sangue. Do sacrificio. Da ironia.
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