terça-feira, fevereiro 27, 2007



1929 - Un Chien Andalou


Produtor: Luis Buñuel
Guião: Luis Buñuel e Salvador Dali



mais

domingo, fevereiro 25, 2007







nem olhos nem olhas nem cor nem patas nem olhos nem caminhos nem olhos nem olhas nem rostos nem pele nem olhas nem olhos nem palavras nem corpos nem olhos nem olhas nem fundos nem rostos.

lobos somos todos.

mais ninguém.



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fotos daqui
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sábado, fevereiro 24, 2007




há uma música de palavras
que morde nas teclas
o som do que somos

somos de um medo
de colher tardes nos ombros
do tempo

e tão depressa a música

tão depressa
a vida

ah, a pálpebra de um
piano

...







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(filme - Léo Ferré, La vie d'artiste )

quarta-feira, fevereiro 21, 2007






o perfume apoia-se no espaço
numa estrada única precipitada
na curva
da anca

vou continuar a beber
whisky sem gelo
e com água lisa



segunda-feira, fevereiro 19, 2007




Muss es sein? Es muss sein!

Tem de ser? Tem de ser!

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Léo Ferré


domingo, fevereiro 18, 2007





Que triângulo ou círculo poderá cercar-te
Para que te detenhas demorada e minha
Para que não desças toda pela escada

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Sophia de Mello Breyner Andresen, Morte
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Fotos Plingrafias - aqui
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Embirro, embirro, embirro, pronto!
E é que embirro mesmo!
(Queres ir jantar comigo um dia destes, para embirrar mais à vontade?)


Asti

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Mel Brooks - Frankenstein Junior

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sexta-feira, fevereiro 16, 2007



eleva-se a cor.

deita-se.

inventa-se.

mistura-se.

bebe-se.



assim


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Matisse, Le Bonheur de Vivre

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

para ti.






para ti flor que pairas...



"E já todos me ensinam em linguagem simples Que somos mera fábula, obscuramente...."- de António Franco Alexandre.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007




The continent of Atlantis was an island
Which lay before the great flood
In the area we now call the Atlantic Ocean.
So great an area of land,
That from her western shores
Those beautiful sailors journeyed
To the South and the North Americas with ease,
In their ships with painted sails.
To them East Africa was a neighbour,
Across a short strait of sea miles.
The great Egyptian age is

But a remnant of The Atlantian culture.
The antediluvian kings colonised the world
All the Gods who play in the mythological dramas
In all legends from all lands were from far Atlantis.

Knowing her fate,
Atlantis sent out ships to all corners of the Earth.
On board were the Twelve:

The poet, the physician, The farmer, the scientist,
The magician and the other so-called Gods of our legends.
Though Gods they were -
And as the elders of our time choose to remain blind
Let us rejoice
And let us sing
And dance and ring in the new Hail Atlantis!

Way down below the ocean where I wanna be she may be,
Way down below the ocean where I wanna be she may be,
Way down below the ocean where I wanna be she may be.
Way down below the ocean where I wanna be she may be,
Way down below the ocean where I wanna be she may be.
My antediluvian baby, oh yeah yeah, yeah yeah yeah,
I wanna see you some day
My antediluvian baby, oh yeah yeah, yeah yeah yeah,
My antediluvian baby,
My antediluvian baby, I love you, girl,
Girl, I wanna see you some day.
My antediluvian baby, oh yeah
I wanna see you some day, oh My antediluvian baby.
My antediluvian baby, I wanna see you
My antediluvian baby, gotta tell me where she gone
I wanna see you some day Wake up, wake up, wake up, wake up,
oh yeah Oh club club, down down, yeah
My antediluvian baby, oh yeah yeah yeah yeah

terça-feira, fevereiro 13, 2007


sou de mim. assim. livre e consciente.


consciente


de quem não sou. do que não quero.


de quem não escolho.


percorro um caminho.


de espadas. e rasgões.


rasgo tudo o que não é. nunca foi. sou de mim por mim. só depois os dedos. harpas de uma ária que só eu domino. efémeros os que ousaram inventar-me um destino que não o meu. sou assim. livre. doa a quem doer.


de mim é que sou.

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segunda-feira, fevereiro 12, 2007






tango. de gotan. de project. vuelvo.
project. tango. gotan. al sur.
vuelvo al sur. gotan project. tango.
de tango. de tango. de tango. de tango.

de sonho.


domingo, fevereiro 11, 2007





de fundo. de fumo. do fundo. defunto. desarma.
de arma. dar-ma.
de cama. de escama. diz ama. de insana.
de beg. de ingmar. de man. de bergman.
de medo. de medo. de medo.

de cedo. de cedo. de mim.


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sábado, fevereiro 10, 2007





...

A rádio e os teus discos. Ensinavas-me a ouvir. E eu por aí à espera do presente.
Nas noites frias – Frio?! Que disparate! E a mala de viagem?
Os teus olhos amarelos da icterícia na música que te passeava pelos dedos magros, secos, à flor da pele. Nunca me contaste a história.
Afinal, não havia nada mais importante que o São Carlos e as noites de ópera. Histórias cantadas que mal percebia e tu insistias. Ouve, ouve – espera mais um pouco. Não vás ainda que a escuridão mete medo. E eu ía. A ópera ali tão perto e a história tão diferente.
- Essa compressa está mal presa. Deve doer o adesivo.
A lua transbordava luz. o chão verde. a pele amarela.
– Dê-me essa tesoura que eu aparo a barba.
Tenho uma palavra a sair-me pela garganta e nem estou em mim.
Longe. Decididamente longe num campo de girassóis a decidir-me pelo vento. Que a insónia é mais leve se de moscas se levantar a poeira de um véu imundo de gafanhotos esborrachados na parede da casa.

...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007




aqueci a garganta e reparei que sim. era o lugar onde todos os luares se transformam.

apaguei o cigarro por puro instinto...

quarta-feira, fevereiro 07, 2007



to look life in the face... always...to look life in the face...
and to know it

...

I'll buy the flowers myself...

...


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segunda-feira, fevereiro 05, 2007



creio que de nada serve a mão se não for para apertar.
de nada serve a fogueira de vaidades de supostos colossais intelectos
se não for para partilhar o toque.
de pouco serve um violino sem arco. de pouco serve uma arte
esburacada onde para lá do círculo não se vislumbram lumes
nem chamas nem tempestades nem lábios nem vida.
de pouco serve a batalha naval de marinheiros sem rumo na tentativa
hipócrita de salvar pálidas nebulosas que já são céus inteiros de estrelas.
de pouco serve a inspiração na distorção de abundantes oceanos azuis.
de nada serve a fechadura se não existir porta.


Hoje revi “A Clockwork Orange”, pelo amor a Kubrik.

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a música. a voz.

a música da voz.

e nada mais importa.


se sim outra coisa. contem-me para eu acreditar.

domingo, fevereiro 04, 2007






por querer
por desejar

...

porque SIM!



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SIM PORQUE NÃO!
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SIM PELA DIGNIDADE

NÃO SE NASCE MÃE OU PAI

NASCE-SE FILHO
QUERE-SE UM FILHO
NÃO UM ACASO
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UM ESTADO QUE NÃO SE CUIDA COMO PODE CUIDAR DOS DESCUIDADOS?
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SIM. PORQUE NÃO É SIM À INDIGNIDADE.
SIM
PORQUE A VIDA NÃO É UM REMEDEIO PARAPLÉGICO
MAS SIM UMA OPÇÃO ÉTICA E CONSCIENTE.

SIM PORQUE O NÃO
É UM GRITO SURDO E SUJO NUM SACO DE PLÁSTICO..

SIM!
SIM!





Isabel Mendes Ferreira


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E SIM, doce piano, peço desculpa pelo tom do meu texto.
E SIM, doce piano, obrigada pelo seu texto!!!!
Tem tudo! sem esbanjar palavras - que é na economia de palavras que se espelham o sentimento, a arte e o saber.


ASTI

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sábado, fevereiro 03, 2007