quinta-feira, novembro 27, 2008
































engano-me.

sou um macaco ou um absurdo.
uma ideia de desejo em escuta tardia.

o hálito do inverno geograficamente delirante.








segunda-feira, novembro 24, 2008

























não sei do último cigarro. saltou entre sonos no papel azul e branco e um copo alheio à volúpia do fumo.


ouvi mais tarde que a tesoura no cordão umbilical do génio é um infinito de imaginação.







domingo, novembro 16, 2008


(pequeno apontamento entre o chá e a torrada)






quinta-feira, novembro 13, 2008






enquanto abrias os olhos pensavas na luz que rodeava a surpresa. um gramofone em silêncio à procura da verdade.
um século não chega para riscar lembranças quando toda a metafísica se desmembra em desenhos de angústia e subidas ao armário do áspero.
não sabias que acreditar era mais um fenómeno ignorado pelo culto de adão e eva em danças nuas de princípio de vida.
a verdade é sempre uma máscara ensombrada pela memória. um rasgar de línguas no desfloramento do sonho a diluir salivas, a engasgar palavras.

insubstituível é a cor dos teus olhos no painel do teu sorriso.





segunda-feira, novembro 10, 2008






























decompões a vida. fragilizas o abrigo. intervalas a brecha na impressão do tipógrafo a tingir na forma os sonhos marmóreos. agora é que te sentes pelo mar dentro. é que te alargas. é que te abres na sabedoria dos poetas. sombras enormes a pedir café e a mostrar nos pastéis de nata a náusea pálida do silêncio. é agora que te bastas. é agora que te trazes em pulmão e sangue e já não dói a cortina. é agora que o momento passa a perna ao riso. e tu em jardins de limões analíticos a conseguir limonadas no domingo de um dia nove onde só chove na tua mão.


(à miriam, in memoriam)



quarta-feira, novembro 05, 2008



JoãoConchaJoãoConcha JoãoConcha JoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConcha
JoãoConchaJoãoConcha João ConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConcha
JoãoConchaJoãoConchaJoãoConcha JoãoConcha JoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConcha
JoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConchaJoãoConcha JoãoConcha JoãoConchaJoãoConcha


segunda-feira, novembro 03, 2008








O Arquipélago da Insónia, António Lobo Antunes